quinta-feira, 12 de junho de 2008

Contracepção

Uma gravidez não desejada pode afectar negativamente vários aspectos da vida de um adolescente. O melhor a fazer é prevenir e é fundamental que conheças as várias formas de contracepção mesmo antes de iniciares a tua vida sexual.

Nem todos os métodos têm o mesmo grau de eficácia, por isso é importante que saibas até que ponto o método que utilizas é seguro. Em seguida, vamos apresentar-te os principais métodos contraceptivos utilizados. Existem muitos mais, alguns pouco fiáveis. Se tiveres dúvidas pergunta ao teu médico.

Pílula Contraceptiva

Para começares a tomar a pílula deves ir primeiro a uma consulta de Planeamento Familiar. O médico irá observar-te, pedir alguns exames e receitar a pílula. Deves começar a tomar o 1º comprimido no dia em que aparecer o período e não podes esquecer-te de tomar um comprimido todos os dias. A pílula é um método à base de hormonas que é:

- Muito eficaz;
- Tem poucos efeitos secundários (geralmente desaparecem nos 3 primeiros meses);
- Ajuda a regularizar a menstruação e diminui as dores menstruais;
- Não altera a fertilidade.

As contra-indicações são as seguintes:
- Problemas de trombose venosa (varizes), no coração ou AVC (acidente vascular cerebral) ou historial familiar;
- Epilepsia;
- Tensão elevada;
- Diabetes;
- Excesso de peso;
- Problemas hepáticos graves;
- Cancro da mama ou genital porque são dependentes de hormonas;
- Doença que afecte o sistema imunitário;
- Amamentação.

Apesar de ser extremamente eficaz na prevenção da gravidez, a pílula não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis e por isso deve ser sempre utilizada em conjunto com o preservativo.


Anel Vaginal Hormonal

O anel vaginal é um contraceptivo hormonal para uso vaginal e é constituído por um anel flexível impregnado de hormonas que são lentamente libertadas e absorvidas para a corrente sanguínea. As hormonas evitam que os óvulos se libertem dos ovários, impedindo assim a fecundação. O anel fica dentro da vagina durante 3 semanas e é retirado durante 1 semana para hemorragia de privação.As contra-indicações são as mesmas da pílula e os efeitos secundários são raros e resumem-se a náuseas, vómitos ou hemorragia vaginal.


Adesivo Transdérmico

O adesivo é um contraceptivo em forma de autocolante com a mesma eficácia da pílula e o mesmo modo de actuação. É aplicado em cima da pele e não tem a inconveniência dos esquecimentos. É um adesivo que liberta hormonas através da pele. Estas entram na corrente sanguínea, impedindo a ovulação. Coloca-se durante três semanas consecutivas e, tal como na pílula, descansa-se na quarta semana, quando se dará a hemorragia de privação. Pode ser colocado e retirado quando se quiser. Quando se retira termina a protecção contraceptiva e pode haver uma hemorragia. Este adesivo pode ser colocado nas nádegas, no abdómen, no tronco ou no antebraço. Quanto aos efeitos secundários, são os mesmos que a pílula apresenta. Para começares a utilizar este método tens que ir ao médico.

Pílula do Dia Seguinte

Apesar de não poder ser considerada uma forma de contracepção, não podemos deixar de falar na pílula do dia seguinte. Trata-se de uma forma recente de evitar a gravidez, utilizada por cada vez mais adolescentes. Este método não pode ser considerado como forma regular de contracepção, pois só deve ser utilizado numa emergência e em casos de falha dos outros contraceptivos. De facto, este comprimido impede a gravidez, mas tem algumas limitações:

- Só faz efeito se for tomado até 72h após a relação sexual (e é mais eficaz se for tomada até 12h após a relação sexual);
- Tem efeitos secundários.

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